domingo, 8 de maio de 2011

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Trip Hop


Tentar delimitar o que é o Trip Hop é uma tarefa árdua (talvez nem possível de ser cumprida!). Em linhas gerais (muito gerais) dá pra dizer que é um tipo de música eletrônica cuja cadência desacelarada (downbeats – menos de 120 bpm) é o elemento axial.

A presencça marcante/gritante de breackbeats também é uma característica do estilo. Mas o Trip-Hop não se restringe aos elementos de música eletrônica - instrumentos convencionais e acústicos também são utilizados. Ainda, outro elemento fundante é utilização de boucles de frases musicais, típicas da House music..
O Trip-Hop é hibrido ( não há definição melhor para o Trip-Hop do que a sua flexibilidade e fluidez). House, funk, soul, jazz, r&b, rap, Hip-Hop, raggae, ethereal, minimal, funk, acid, trance – todos esses gêneros e mais alguns outros são fontes nas quais a Bristol music bebe. Praticamente não há muitas semelhanças entre as bandas e artistas do gênero ( o que é muito bom, porque não fica enjoativo!), posso falar que nem mesmo nas faixas de um mesmo álbum exista uma consistência interna – muitas vezes nos surpreendemos, porque não dá pra saber o que vai vir na próximo albúm de uma mesma banda ou na próxima faixa de um mesmo álbum ( principalmente quando se trata de Massive Attack, Tricky ,Morcheeba, Royksöpp, Faithless – enfim, acho que todas,não dá pra dar exemplo e deixar alguma de fora, variam muito).

Pode ser que você ouça por aí alguns chamarem Trip Hop de ‘Bristol music’. Isso ocorre em referência à cidade inglesa que serviu de berço para o estilo musical. Eu particularmente gosto muito dessa nomenclatura, já que, devido a não ser muito “ilustre” por aqui - no Brasil, quando pronuncio o nome “Trip Hop”, tenho quase certeza que a imagem mental que as pessoas fazem é a do “Hip-Hop” (mas não dá pra negar que o Trip Hop tem influências deste último, como, por exemplo,no uso do scratch e por usarem amplamente o ‘canto falado’, mas não é de, maneira alguma(!), apenas uma vertente ou desdobramento do Hip-Hop).

Entender um pouco do percurso da House pode ajudar um pouco a elucidar o gênero em questão. A percurso histórico da música eletrônica está atrelado à House Music, estilo dos anos 80 que surgiu nos EUA (Nova Yorque,Detroit e Chicago, mais precisamente) quando alguns musicos fundiram à ‘Disco 70’s’ elementos do Funk, Soul e r&b . O “negócio” ficou bom, e o que é bom a gente quer mais. Logo, começaram a surgir ramificações da House – techno, trance, drum n’ bass, etc...

Na segunda metade da década de 80, na cidade de Bristol, Inglaterra, a “The wild bunch” (grupo formado por notáveis DJs e artistas britânicos, como Robert Del Naja , Grant Marshall, Andrew Vowles, Nelle Hooper, Tricky, Miles Johnson e Claude Williams) mesclacavam uma gama impressionante de elementos musicais dispares – algo pouco comum na época. Indo de encontro à lógica “in voga” na música eletrônica – uso de upbeats. No final dos anos 80 acontece a ruptura do grupo, de onde surge o Massive Attack, um dos principais expoentes do gênero, formado por 3D, Daddy G, Mushroon e Tricky. Este último permaneceu pouco tempo na banda. Aliás, o termo Trip Hop foi usado oficialmente pela primeira vez na tentativa da imprensa musical inglesa em denominar o estilo subjacente ao álbum ‘manxiquaye’(1995) realizado já na fase solo do Tricky.

Enfim, talvez definir não seja a melhor alternativa. Tem coisa que só dá pra saber o que é entrando em contato e experimentando. Então... este é o lugar! So enjoy it now!


Fontes: Wiki + alguns outros sites.

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